Conheça cinco investidores bem sucedidos que você não deve tomar como exemplo. Entenda o porque você não deve imitá-los.
Esse título parece até estar errado. Mas não está não.
Esses 5 investidores certamente têm alguns hábitos que você devia imitar.
Mas certamente investir na bolsa no longo prazo não é um deles. Certamente, essa maneira de encarar os mercados dá certo para essas pessoas.
Mas será que daria pra você?
Será que você realmente saberia avaliar se uma ação está tão somente barata ou se ela vai continuar a cair até as profundezas dos centavos, seguidos de grupamentos de ações, só para voltar a cair mais?
E mais: será que, na infinidade de ações que existem, com muita ou pouca liquidez, você seria capaz de escolher a ação ou as ações certas para fazer um investimento que só teria valor daqui a dez ou vinte anos?
De qualquer maneira, é bom conhecer esses investidores e entender como a mente deles funciona e, fazendo as comparações necessárias, compreender por que provavelmente seu raciocínio de investimento não funcionaria pra você:
- George Soros: Para ele, existem momentos de desiquilíbrio do mercado. Em uma grande alta de ações, as emoções humanas como cobiça e medo fazem com que esse desequilíbrio se mantenha. Por vezes, essas emoções são capazes de superar o que indicam as teorias mercadológicas e o papel do investidor é saber se aproveitar disso. E aí? Você tem as manhas de ir contra o que dizem as grandes teorias do mercado?
- Lírio Parisotto: esse investidor é chamado de “o Warren Buffett brasileiro”. De fato, ele se identifica com as táticas de Buffet que, basicamente, utiliza a Análise Fundamentalista e um estudo profundo das empresas em que pretende investir. O seu lucro vem acima de tudo dos dividendos das ações. Isto é: não importa a valorização do papel, mas o lucro que é distribuído periodicamente aos investidores.
- Warren Buffett: em termos de investidores famosos, divide o pódio com Soros (este mais especulador que investidor, propriamente). Discípulo de Benjamin Graham, é seguidor ferrenho da Análise Fundamentalista. Mas você se engana que analisar balancetes e divulgação de resultados coorporativos é suficiente. É preciso conhecer a fundo os mercados e as companhias em que se vai investir a um nível que só pessoas bem informadas como Buffett, que estão nesse meio desde tenra idade conseguem (se você acha que as pessoas com quem você anda e troca conversas não importa está muito enganado!). Se não fosse assim, sua Berkshire Hathaway não teria valorizado 1.000.000%. Isso mesmo. Um milhão por cento em quarenta anos. Gosta de dizer que, para fazer sua fortuna, comprava príncipes pelo preço de sapos.
- Benjamin Graham: autor do livro O Investidor Inteligente, escrito para leigos. Apresenta na obra sua filosofia que se baseia na análise apurada das empresas, no seu valor intrínseco (se o valor de mercado estiver menor que o valor intrínseco, vale a pena comprar). Uma de suas mais famosas frases: “Uma operação de investimento é aquela que, após análise profunda, promete segurança do capital investido e um retorno adequado. As operações que não atendem a essas condições são especulativas”.
- Luis Barsi: Luis Barsi não poderia ficar de fora desta lista. Começou a vida como engraxate (justamente o personagem da anedota: “quando o engraxate diz para comprar ações, está na hora de vender”). Hoje é o maior investidor pessoa física do Brasil. Também tem a filosofia de comprar e acumular ações de empresas boas pagadoras de dividendos. Não só pagadoras constantes mas que paguem uma porcentagem considerável frente ao valor da ação. Sabe comprar quando as ações estão “baratas” para comprá-las, mas, definitivamente, poucas vezes faz questão de vendê-las.
Certamente, todos esses são grandes exemplos de investidores. Mas talvez não seja uma boa ideia, como iniciante inexperiente, querer se comparar a eles. Comece com humildade e cuidado, sabendo que nem sempre, no longo prazo, ações são um tipo de ativo para manter para o resto da vida.